Fórum da Cana visa sustentabilidade para associados.
Com o objetivo de trazer tecnologia no manejo da cana-de-açúcar o Fórum da cana terá 3 temas ao longo do ano. O primeiro tema foi sobre mudas pré brotadas, ou popularmente conhecida pela sigla MPB.
A Orplana realizará junto às 32 associações afiliadas, ao longo do ano, o Fórum da Cana, que é parte do projeto Muda Cana e nasceu de uma parceria entre Orplana e Solidariedad; uma empresa do terceiro setor holandês, que atua dentro da cadeia da cana com diversas outras empresas e que atualmente tem parceria com a Raízen no programa ELO, visando sustentabilidade dos produtores. O foco do Muda Cana é fortalecer as Associações ajudando na organização, fornecendo ferramentas para auxílio da gestão e capacitação da equipe interna de cada associação dentro do projeto, gerando para os produtores uma associação fortalecida, um melhor resultado nos serviços e suporte técnicos prestados para seus associados visando torná-los mais sustentáveis rumo à uma possível certificação.
Para abrir o evento, contamos com a palestra do senhor Milton Degaspari da BASF. Há 45 anos Milton trabalha com cana. Trabalhou como pesquisador da EMBRAPA, depois no PLANO AÇÚCAR; se especializou em entomologia e posteriormente prestou assessoria para grandes Usinas Sucroalcooleiras. Atualmente trabalha na BASF onde completa 23 anos de carreira.
Milton destacou que passamos por um período de transição e usou como exemplo, o que faziam no passado para plantar milho. “Nós ainda plantamos milho de paiol” - afirmou; em referência à uma antiga prática usada pra cultivo de milho, que consistia em armazenar parte da colheita, secar, selecionar as melhores espigas e plantar novamente; prática da qual se tornou obsoleta nos dias de hoje, já que atualmente se adquiri a semente de melhor qualidade disponível no mercado. Ele quis dizer que atualmente, na cultura de cana-de-açúcar, ainda existem produtores plantando cana de forma ultrapassada, fazendo seleção de cana “nova”, muitas vezes de segundo ou terceiro corte, e enterrando. Citou que muitos produtores (inclusive Usinas) ainda fazem seleção no olho, selecionando “a cana mais bonita” pra muda.
Apresentou a AgMusa, nome oriundo do termo “Agricultura de Mudas Sadias”, que a BASF vem desenvolvendo. São mudas de qualidade para atender essa nova demanda do mercado. Os benefícios da técnica de MEIOSI com AgMusa são muitas e s destacam na redução de custos na formação de viveiros e implantação do canavial comercial; maior velocidade na introdução de novas variedades; incremento de sanidade (menor risco da ocorrência de doenças como raquitismo e escaldadura).
Explicou sobre a necessidade de se optar por uma cana sadia e de qualidade, pra se obter resultado, e destacou sobre o longo processo que é o desenvolvimento de uma muda pela BASF; descrevendo todo o cuidado que se deve ter no transporte bem como os primeiros dias para implantação e tratamento das mesmas.
Em seguida foi a vez do patrocinador Yara Fertilizantes, representado por Guilherme Romero; que falou sobre as tecnologias que sua empresa possui voltada para o setor sucroenergético.
Depois, Mauro Alexandre Xavier, palestrou sobre o tema: Plantio em sistema de MEIOSI, manejo nutricional e fitossanitário. Ele é pesquisador do IAC – Ribeirão Preto e salientou sobre o cuidado com a gema da cana, que segundo ele, é como se fosse uma semente. “Não adianta nada fazer um investimento em mudas, se não praticar as operações complementares”– disse.
Pra encerrar, Lucas Pavani, do Grupo Pavani; falou sobre o uso do MPB em MEIOSI para formação de canaviais de alta performance, bem como as experiências vividas na prática pelo grupo que serviu como troca de experiências para nossos associados.
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