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Fórum da Cana 2020


Evento destacou a importância do ambiente de produção para o cultivo de cana-de-açúcar.



Pra dar início ao Fórum da Cana, o engenheiro agrônomo Antônio Ribeiro Fernandes da RIDESA UFSCar falou sobre o desafio de desenvolver variedade em nossa região. Explicou sobre o trabalho de longo prazo que é a trajetória para o desenvolvimento de novas variedades, e para exemplificar mostrou em sua apresentação, materiais frutos de cruzamentos realizados em 1997 / 1998 e que foram liberadas apenas em 2015.

Falou sobre seu trabalho na equipe da universidade federal; que não possuem fins lucrativos; e ressaltou que o interesse da UFSCAR é fazer pesquisas e manter esse programa de desenvolver variedades, mas que pra isso precisa dos fornecedores, já que muitas desses testes são realizados por eles e que nem sempre as grandes variedades surgem na estação e sim nos experimentos nas áreas de fornecedores. Salientou o trabalho da associação nesse processo, no qual colocou como fundamental. Disse ainda que o foco são as associações e que se alguém precisar, devem acionar o corpo técnico da AFCOP pra que eles possam prestar os serviços.

Aproveitando o ensejo, o senhor Apolinário, então presidente da AFCOP se colocou à disposição para que se alguém necessitasse de mudas RB para fazer canteiros, ele poderia disponibilizar já que em regra, os associados beneficiados com o programa devem compartilhar entre os outros associados afim de expandir e replicar para todos as variedades mais promissoras.

Mais tarde, Antônio apresentou um balanço hídrico das regiões do estado de São Paulo onde se pode observar muitas diferenças, nos convidando à refletir que não basta falar sobre variedades X ou Y, que é preciso analisar muitos aspectos dentre eles o balanço hídrico; já que isso pode influenciar muito na escolha da variedade à ser plantada. “- Não adianta trazer uma variedade lá de Piracicaba e achar que aqui vai bem” disse. Logo mais, falou sobre a necessidade de se desenvolver variedades em cada região justificando o porquê da universidade ter uma estação experimental aqui justificando que acompanha e desenvolve variedades voltadas para nossa região.

Logo após, apresentou as variedades que vão se destacar em nossa região, como é o caso da RB97-5242. Numa área de São José do Rio Preto mesmo com o histórico de deficiência hídrica nos últimos anos, a variedade nem “encarretelou”. Contudo, destacou que a área foi muito bem “construída”, desde o preparo até a correção e condicionamento do solo.

Antônio enfatizou sobre a importância do controle de tráfico dizendo que é imprescindível, e que se deve ter atenção sobre velocidade de colheita, que prejudica muito a brotação. Relatou já ter visto máquinas entrando pra colher à 6 km/h e que a cana estava “esteirada” no chão. “- A colhedora não cortou!” – alegou. Qualquer variedade tem a produção prejudicada se colhida de forma inadequada. Segundo ele, inclusive, existe uma tabela que recomenda a velocidade da colheita conforme o TCH e que canas com TCH alto necessitam serem colhidas com velocidades reduzidas, algo em torno de 2 à 3 km/h.


Em seguida foi a vez de André Cesar Vitti, Pesquisador científico - APTA - Polo Centro Sul, Piracicaba/SP

Com foco no manejo o professor Vitti iniciou sua palestra e dizendo: “- Nenhuma variedade produz menos de 100 toneladas por hectare”. Vitti vem da área de adubação e nutrição. Desde 2010 focou seus estudos em solo e ambientes de produção. Vindo de uma família de produtores de cana, ele procura dar ênfase no manejo sempre e destaca que em primeiro lugar devemos ter conhecimento sobre que tipo de solo temos. Disse também que devemos focar na água e do clima. Segundo ponto é a questão da química; se a terra é rica, se é pobre, na textura, morfologia, se tem mosqueado; se a estrutura é em blocos ou em grânulos; profundidade do perfil, e que fertilidade é a química do solo. Isso tudo tem um papel fundamental, para pensarmos no desenvolvimento do sistema radicular. É de suma importância se conhecer o solo no ambiente de produção para uma série de definições como: Definição época e tipo de preparo, definição da época de plantio, corte e alocação varietal.

Ressaltou a necessidade de se manejar a fertilidade do solo pelo potencial produtivo, visto que existem solos que precisam de correção de calcário todo ano e tem outros que podem aguentar até 5 cortes.

Enfatizou a importância de se avaliar as características de uma variedade para plantá-la no ambiente correto.







Para ver mais fotos sobre o evento clique no aqui.

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Associação dos Fornecedores
de Cana da Região Oeste Paulista

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