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Palestra sobre Manejo de Pragas da Cultura da Cana-de-açúcar é realizada na AFCOP

No dia 08/12/2020 foi realizada palestra sobre Manejo de Pragas da Cultura da Cana-de-açúcar pela SYNGENTA com o apoio da AFCOP.

Produtores de cana associados e técnicos da AFCOP tiveram uma aula com o Dr. Luis Carlos Tonon renomado consultor em pragas da cana-de-açúcar.


Ele alertou quanto ao prejuízos causados (Potencial) pelas pragas na cana em torno de 10 bilhões de reais por ano e se considerarmos 70% de eficiência no controle, ainda há perdas de R$3 bilhões.

A palestra foi direcionada para as pragas Broca da cana de açúcar, Cigarrinha, Sphenophorus Levis e Pragas de Solo.


Broca da cana de açúcar

Ao falar da Broca da cana de açúcar apresentou o ciclo reprodutivo, danos causados, medidas de controle, levantamentos, tomadas de descrições, controle biológico e químico, monitoramento e etc.

Enfatizou o controle com armadilhas, onde uma pessoa pode avaliar aproximadamente 1.000 a 2.000 ha por dia.

Apresentou as estimativas de perdas, onde dependendo do número de broca/ano/ha e intensidade de infestação as perdas podem variar de R$ 40 reais/ha/ano até R$ 813 reais/ha/ano.

Para cada 1% de infestação, pode chegar perdas de até 2.850,00Kg de cana/ha; 40 Kg de ART/ha que corresponde a 23 litros de álcool.


Cigarrinha

Sobre Cigarrinha apresentou as principais espécies no Brasil, o ciclo reprodutivo, como identificar, época de incidência, condições favoráveis, sintomas e os prejuízos causados, sedo eles: Sugam seiva nas raízes e radicelas; impedem a translocação de seiva bruta; desnutrição e desidratação da planta; secamento de folhas; injetam toxinas; estrias vermelhas – necrose; secamento de folhas; perdas agrícolas médias da ordem de 15%; redução média de 10% na PCC; deterioração da cana no campo; contaminações nos processos industriais e falhas de brotação nas soqueiras


Enfatizou a importância do monitoramento e avaliação no campo de setembro a abril e apresentou as médias de danos causados de acordo com a época de colheita, onde inicio de safra pode reduzir a produtividade da cana de açúcar de 8 a 10%, meio de safra de 20 a 30% e final de safra de 30 a 50%.

Apresentou as variedades com maior resistência a cigarrinha e a estimativa de perda em THC de acordo com o número de ninfas/ha, onde variedades resistentes podem ser de R$ 19,50/ha à R$ 97,50/ha, em variedades intermediárias de R$ 65,00/ha à R$ 325,00/ha e com variedades suscetíveis de R$ 247,00/ha à R$ 1.235,00/ha.

Falou da importância do enleiramento da palha que pode reduzir a população (por volta de 60% em certas situações), do controle biológico e controle químico.


Sphenophorus Levis

Apresentou o ciclo reprodutivo do Sphenophorus Levis, mapa de ocorrências no estado de São Paulo, levantamento populacional, da importância de vistorias em talhões para reforma e viveiros.

Explicou como identificar os sintomas desta praga que reduz em até 25 toneladas de cana por corte e consequentemente reduz da longevidade do canavial.

Falou sobre a época de incidência da praga, sendo de abril à setembro em larvas (seca) e de outubro a março (úmido) adultos; sobre manejo com iscas toxicas; método de levantamento populacional; apresentou fotos dos Sphenophorus Levis adulto e larvas e comentou sobre avaliação e danos.

Abordou os métodos de controle através do eliminador de soqueira, gradagem, rotação de cultura, enleiramento de palha, qualidade de aplicação e corte de soqueira e planejamento da reforma e plantio.


Pragas de Solo

Explicou o ciclo reprodutivo, sintomas, danos causados, metodologias de levantamento e avaliação, tipos de controle das pragas de solo: Migdolus, Cupins, Broca Gigante, Nematoides e outras.




Para ver mais fotos sobre o evento clique aqui.

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